O termo snack, é historicamente associado com produtos não saudáveis. Ricos em açúcar, gordura, sódio e conservantes, muitos os relacionam ao agravamento de doenças como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, por exemplo. Contudo, desde o início da pandemia de COVID-19 um processo de conscientização da alimentação surgiu com força, se estabelecendo como tendência para os próximos anos, e o melhor: Elas incluem inovação até nos snacks.
O retorno às atividades, o estilo de vida ocidental e o dinamismo imposto por esse estilo de vida, são os fatores que impactam nas escolhas. Os consumidores hoje optam pela comodidade, velocidade, mínimo esforço e economia na hora das refeições ou lanchinhos intermediários. Atualmente, uma parcela da população tem até mesmo substituído refeições por snacks rápidos. Em uma pesquisa realizada em 2021, pela Harris Poll, 71% dos millennials disseram que preferem substituir refeições por snacks, enquanto 90% dos norte-americanos reportaram substituir pelo menos uma refeição da semana por snacks. Essa mudança no comportamento quanto às refeições e o momento de consumo dos snacks, acompanham as principais tendências para os próximos anos.
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O Mercado
Embora snacks sejam associados a produtos não saudáveis, a busca por opções menos nocivas para a sua saúde mudou esse cenário. Ainda de acordo com a pesquisa da Harris Poll, O mercado de Snacks Saudáveis, avaliado em US $85,6 bi em 2021 tem um potencial de crescimento anual de 6,6% (CaGR) entre 2022 e 2030. Além disso, o mercado de substitutos de refeição apresenta crescimento estimado de 8,3% ao ano entre 2022 e 2027.
Dessa forma, os snacks ganham importância nutricional e papel de saciar os consumidores, levando-os a procurarem petiscos ricos em proteína e com maior densidade nutricional. Como apresentado pela mesma pesquisa, 51% dos participantes optam por petiscos com alto teor proteico.
Dentre os principais snacks saudáveis encontrados no mercado, as castanhas (nuts), as granolas e as sementes dominam a maior parcela do segmento, com mais de 40% do market share. Em segundo lugas, as barras de proteína abocanham 20% do mercado e possuem um crescimento elevado. Reforçando ainda mais esse cenário, segundo a pesquisa da Mintel de 2022, “Snacking Cunsumption Habits”, a cada 3 barras lançadas em 2020, uma era proteica.
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Mood Foods: Inovação que alimenta o humor com snacks
Outra tendência para os próximos anos são as mood foods ou alimentos para o humor. O número de produtos lançados para auxílio do humor, seja no sono, foco, energia, calma ou gerenciamento de estresse, tem crescido abruptamente nos últimos anos. Isso não apenas como uma resposta às demandas por produtos para o gestão do humor, como também às recentes liberações em órgãos como FDA e Anvisa de substâncias que auxiliam na saúde e bem-estar mental.
Esses alimentos contam com ingredientes como adaptógenos, cogumelos, vitaminas e ativos nootrópicos que prometem melhorar a saúde mental do consumidor. Comprovando essa tese, as vendas de produtos para suporte mental aumentaram em 36% no ano de 2020. Uma oportunidade e tanto para os snacks que muitas vezes são usados como escape no momento de desestressar. De acordo com uma pesquisa realizada pela Mintel, Hábitos de consumos de snacks de 2021, 39% dos brasileiros relatam que “comer lanchinhos/snacks é uma boa maneira de desestressar”, comprovando ainda mais essa oportunidade.
Nesse contexto, snacks com CBD (Cannabidiol) estão entre os mais aclamados pelos consumidores. Dentro do mercado de snacks, eles apresentam estimativa de 10,1% de crescimento anual entre 2022-2028, atingindo o valor de US$ 2,6 bi em 2028.
O papel da Experiência
Um dado interessante revelado pela pesquisa da Mintel de 2022 “Snacking Cunsumption Habits”, revelou que 11% dos consumidores concordam com a afirmação “Tenho comido mais salgadinhos que me lembram minha infância”. O que evidência o papel da experiência de consumo no mercado de snacks. Dessa forma, o lançamento de sabores e formatos nostálgicos pode representar uma possibilidade de atrair consumidores. Como exemplo de produto inovador e com um ótimo costumer experience, pode-se citar os géis de carboidrato sabor cola e frutas com caramelo, que une a praticidade e sabores de confort foods.
Outro fator importante demonstrado na mesma pesquisa é que, durante a pandemia, muitos brasileiros têm investido em eletrodomésticos, como airfryers – um dos termos mais pesquisados no Google em 2020. Isso sugere que os consumidores estão dispostos a preparar mais alimentos em casa. Além disso, 36% dos entrevistados disseram que “Lanchinhos/snacks são indispensáveis para momentos de lazer em casa”. Ou seja, a sua empresa poderá investir em snacks para pessoas que se importam com a saudabilidade e possuem produto home-made.
Esse dado tem tudo a ver com a tendência de nutrição holística, que prega o consumo de alimentos e suplementos saudáveis como um ritual de consumo, fazendo parte de um estilo de vida e não apenas do simples ato de comer.
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Smart Snacks: foco e performance mental
Paralelamente ao CDB, os Nootrópicos, que compreendem substâncias, plantas e cogumelos, que auxiliam na performance mental, memória e foco, apresentam 13,2% de crescimento anual estimado até 2026 e podem ser inseridos no contexto de snack, principalmente pensando na ocasião de trabalho em home office, gaming ou outras atividades que demandem máxima performance mental.
Além disso, tendências gerais presentes em alimentos, suplementos e bebidas, também direcionam os lançamentos de snacks para os próximos anos. Snacks com redução de açúcares, sem conservantes, aromas e corantes artificiais, produtos enriquecidos com ingredientes funcionais, proteína, fibras e superfoods surgirão em grande variedade de formatos, como: pipoca, esferas, sticks, crocantes, macios, líquidos, géis, gomas, podendo até mesmo ser doces ou salgados.
No trabalho ou em casa?
Considerando que o trabalho à distância tem favorecido jornadas mais longas, os brasileiros que adotaram o home office podem estar consumindo snacks com uma frequência maior para terem mais energia e trabalhar por mais horas. A pesquisa da Mintel, “Hábitos de consumo de snacks” de 2021, revelou que 29% dos entrevistados que trabalham ao menos alguns dias por semana de casa disseram: “Os lanchinhos/snacks são importantes para manter minha energia ao longo do dia”.
Esse dado revela uma enorme oportunidade para esse mercado. As marcas de alimentos consumidos como snacks podem investir em claims relacionados à ganho de energia, foco e cognição para atrair ainda mais consumidores.
É válido lembrar que nesse caso, os consumidores precisam de um alimento de prático e rápido consumo. Assim, é possível abranger esse mercado também para quem não trabalha em casa todos os dias, mas precisa comer entre as refeições mesmo no escritório.
O potencial dos géis alimentícios nesse mercado:
Os géis são um ótimo exemplo de snack que atendem à todas as tendências acima. Com formato diferenciado, eles são práticos e versáteis, podendo conter uma dose maior de ativos e ingredientes que uma cápsula por exemplo. Além disso, é possível criar uma variedade quase infinita de sabores e funcionalidades, tornando possível unir sabores nostálgicos ou indulgentes com rituais de consumo.
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