
Como empreender no mercado de suplementos: tudo o que você precisa saber antes de lançar sua marca
Nos últimos anos, o Brasil se firmou como um dos maiores polos globais de consumo e inovação em suplementação alimentar. Essa evolução reflete uma mudança clara no comportamento do consumidor: a cultura do bem-estar.
De acordo com a Rede de Observatórios do Sistema Indústria, essa tendência deve moldar o consumo até 2040, impulsionando novos ingredientes, tecnologias e formatos nutricionais.
Por isso, para crescer nesse mercado, o empreendedor precisa de mais do que vontade. É necessário estratégia, domínio das exigências regulatórias e parceiros técnicos.
Como funciona o mercado de suplementos no Brasil?
O setor de suplementos e vitaminas no Brasil vive uma fase de expansão acelerada e amadurecimento. De acordo com dados da InterPlayers, entre março de 2024 e fevereiro de 2025, o mercado cresceu 37% em volume e 29% em faturamento.
Além disso, o Brasil se consolidou entre os três maiores mercados consumidores de suplementos do mundo, com um volume de negócios que atingiu R$ 4,6 bilhões em 2024.
Com esse ritmo de crescimento, o setor deve alcançar R$ 9,6 bilhões até 2028, uma alta de 120%.
Atualmente, dois em cada três lares brasileiros contam com alguém que utiliza algum tipo de suplemento, o que mostra como a suplementação já faz parte da rotina de saúde da população.
Um setor em crescimento e com forte regulação
A legislação brasileira está entre as mais rigorosas do mundo quando se trata de suplementos alimentares e o consumidor já reconhece esse rigor como um valor essencial.

Esse cenário reflete uma exigência crescente por transparência e controle.
Por isso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) atua com rigor técnico em todas as etapas do processo produtivo, da escolha dos ingredientes à rotulagem final, assegurando que cada produto seja seguro e tecnicamente validado.
Entre as principais exigências regulatórias estão:
- Notificação prévia no sistema da Anvisa antes da comercialização;
- Estudos de estabilidade, que comprovam a manutenção das propriedades nutricionais durante todo o prazo de validade;
- Listas positivas de ingredientes e limites de uso, que restringem o que pode (ou não) ser utilizado;
- Rotulagem obrigatória e padronizada, com informações claras sobre consumo, restrições e composição;
- E fiscalização contínua, com suspensão e recolhimento de produtos irregulares.
Nesse contexto, lançar uma marca de suplementos requer não apenas investimento, mas responsabilidade técnica e conformidade regulatória. Assim, em um setor que cresce rápido, a credibilidade se torna o maior diferencial competitivo.
Suplemento alimentar x Pó para preparo de alimento
Dentro da regulamentação da Anvisa, os produtos podem se enquadrar em duas categorias principais: suplemento alimentar ou pó para preparo de alimento. A diferença está no nível de exigência técnica e no processo regulatório.
Os suplementos alimentares precisam passar por estudos de estabilidade, que comprovam a manutenção das propriedades nutricionais durante toda a validade, um processo que costuma reter o produto por no mínimo de 6 meses antes do lançamento.
Já os pós para preparo de alimento não exigem essa etapa; eles apenas precisam estar em conformidade com as normas de segurança e rotulagem da Anvisa, o que permite um tempo de lançamento mais curto.
Suplementos mais vendidos em 2025
O mercado brasileiro de suplementos segue em forte ascensão e, a cada ano, novas categorias se consolidam enquanto outras ganham força entre os consumidores. De acordo com o Relatório de Suplementos Esportivos da Close-Up International, o setor movimentou R$ 723 milhões apenas no canal farma, o que representa um avanço expressivo de 66,6% em relação ao período anterior.
Esse desempenho reflete um consumidor mais informado e exigente, que busca produtos com eficácia comprovada, segurança e propósito funcional. Além disso, o crescimento das vendas indica uma mudança importante de comportamento: o suplemento deixou de ser visto apenas como apoio esportivo e passou a integrar rotinas de bem-estar e autocuidado.
Nesse cenário, duas categorias se destacam como símbolos da maturidade do setor e da nova mentalidade do consumidor.
Creatina: o motor da expansão

Em 2025, a creatina assumiu o protagonismo do crescimento. Reconhecida por ser uma fonte de energia rápida para os músculos, que melhora a força e o desempenho em exercícios de alta intensidade, ela registrou uma alta de 137,4% nas vendas. Esse salto vai além da academia.
Com isso, o consumidor passou a enxergar o suplemento como ferramenta de performance e longevidade, e não apenas estética. Consequentemente, a creatina se tornou a porta de entrada de uma geração que busca resultados mensuráveis e respaldo científico, consolidando sua presença nas prateleiras e no dia a dia dos consumidores.
Whey protein: o líder absoluto
Mesmo com o avanço da creatina, o whey protein permanece como o pilar do mercado brasileiro, responsável por 45,1% do faturamento total. Segundo a Mordor Intelligence, o Brasil representa 58% do mercado sul-americano e deve crescer, em média, 8% ao ano até 2029.
Por outro lado, o sucesso do whey vai muito além do universo esportivo.
Ele simboliza a fusão entre nutrição e conveniência, com alto valor biológico, excelente digestibilidade e perfil completo de aminoácidos essenciais como leucina, valina e lisina.
Assim, o produto se tornou a base do consumo nacional e o ponto de partida de muitas novas marcas que entram no mercado.
As outras categorias que mantêm o ritmo
De acordo com o Panorama da Abiad, os consumidores brasileiros continuam fiéis a categorias com forte apelo à prevenção e ao bem-estar:
- Multivitamínicos e minerais, pela praticidade e função preventiva;
- Ômega-3 e ácidos graxos essenciais, voltados à saúde cardiovascular e cognitiva;
- Colágeno e nutricosméticos, associados à estética e à longevidade;
- Vitaminas C e D, reforçadas pelo papel na imunidade;
- Suplementos funcionais, como os voltados ao foco e à disposição.
Dessa forma, o mercado brasileiro mostra que cresce em volume, em qualidade e em consciência de consumo. O público busca ciência, funcionalidade e experiência real de uso e, por isso, as marcas que combinam inovação e responsabilidade técnica são as que mais se destacam.
💡Quer entender quais marcas estão se destacando em cada segmento?
Confira o artigo completo sobre as melhores marcas de suplementos por categoria em 2025
Quanto custa fabricar suplementos?
Falar sobre custo é, na prática, falar sobre modelo de negócio e estratégia de posicionamento.
No Brasil, o investimento para lançar um suplemento pode variar entre R$ 15 mil e R$ 100 mil por produto, dependendo do tipo de formulação, lote inicial, embalagem, testes e notificações regulatórias.
O ponto-chave está na escolha do modelo de fabricação e entender qual deles faz mais sentido para o momento e objetivo da marca.
White label: o modelo para quem quer agilidade e estrutura
O modelo white label permite que uma marca comercialize produtos desenvolvidos e fabricados por uma indústria especializada, com sua própria identidade visual e posicionamento.
Nesse formato, o empreendedor conta com toda a estrutura técnica, regulatória e produtiva da fábrica, mas mantém autonomia na gestão da marca e no relacionamento com o público.
A Pronutrition, por exemplo, garante que todo o processo siga as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e as normas da Anvisa, desde a formulação até a rotulagem. Assim, o empreendedor não precisa lidar diretamente com a complexidade regulatória, podendo focar em estratégia, posicionamento e crescimento.
Produtos catalogados, ou seja, formulações já desenvolvidas e testadas pela equipe técnica, são uma das formas mais ágeis de começar, oferecendo segurança, qualidade e investimento otimizado.
Desenvolvimento exclusivo: o modelo para quem quer personalização
O desenvolvimento exclusivo é voltado para marcas que desejam criar produtos originais, com fórmulas e diferenciais próprios, explorando novos conceitos e ativos.
Aqui, o produto é criado do zero: desde a composição e testes de estabilidade até o sabor, textura e embalagem final. É um processo mais detalhado, mas que permite construir soluções com DNA de marca e propósito técnico claros.

Dá para começar pequeno sem perder qualidade?
Sim, desde que o processo seja conduzido com rigor técnico e responsabilidade industrial.
No mercado de suplementos, começar pequeno não significa começar fraco.
Com o modelo certo de terceirização e o apoio de uma indústria estruturada, é possível lançar uma marca com padrão farmacêutico, controle de qualidade e respaldo regulatório, mesmo em fases iniciais.
A Pronutrition atua justamente nesse ponto: ajudando o empreendedor a entrar no mercado com segurança, oferecendo suporte técnico em formulação, rotulagem, adequação regulatória e desenvolvimento de produtos com alto desempenho sensorial e científico.
Crescer com consistência começa no primeiro lote e isso só é possível quando o produto nasce dentro dos padrões corretos.
Ao optar por uma parceria sólida, o empreendedor ganha o que mais importa nas primeiras etapas do negócio: tranquilidade para testar, aprender e construir marca com credibilidade.
Como escolher uma fábrica de suplementos confiável
Escolher a fábrica certa é a decisão mais estratégica de toda a jornada.
Mais do que um fornecedor, você precisa de uma parceira que entenda o seu negócio e te ajude a crescer com segurança.
Antes de fechar uma parceria, avalie se a indústria:
- Possui certificação de Boas Práticas de Fabricação (BPF).
- Está regularizada pela Anvisa.
- Oferece suporte técnico e regulatório.
- Trabalha com transparência em formulações e prazos.
- Tem histórico de clientes e portfólio sólido.
Uma fábrica confiável não apenas produz, ela co-constrói.
E é nesse papel que a Pronutrition atua: como parceira estratégica, unindo rigor técnico, inovação e visão de negócio. O objetivo não é apenas fabricar suplementos, mas ajudar marcas a crescer com consistência, performance e propósito