O consumo de chás, inegavelmente, está presente em todas as culturas. Uma infinidade de tipos de folhas, flores e plantas integram esse setor, com quase três bilhões de xícaras consumidas por dia ao redor do mundo, segundo dados do relatório da International Institute for Sustainable Development (IISD), de 2017. A partir dessa informação, é possível entender as potencialidades no mercado de chás.

A partir desse contexto, por que essa bebida é tão relevante? Em conjunto com sua popularidade, que remonta mais de cinco mil anos, há questões culturais, de saudabilidade e econômicas. Informações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) publicadas pela IISD preveem que, até 2024, o setor de chá cresça a uma taxa anual de cerca de 4 a 5,5% e alcance 73 bilhões de dólares.

crescimento do mercado de chá

Ainda sobre os dados do IISD, o cultivo de chá está presente em 48 países, sendo que 12 são de baixo desenvolvimento humano. Nesse sentido, números do Observatory of Economic Complexity (OEC) apontam os seguintes países como os principais exportadores e importadores de chá em 2018:

 

mercado de chá

 

 

Nesse ambiente, a produção de chá emprega 13 milhões de pessoas, das quais 9 milhões são pequenos agricultores, enquanto o restante trabalha em indústrias de chá. No Brasil, o setor emprega mais de 450 mil pessoas, segundo dados do Sebrae.

 

Mercado brasileiro

Dentro do cenário mundial, o Brasil fica bem abaixo quando o assunto é consumo de chás. Afinal, a preferência nacional ainda é o tradicional cafezinho. Estimativas apontadas por um estudo do Sebrae mostram que, anualmente, o brasileiro consome cerca de 10 xícaras da bebida. Porém, o órgão avalia que até 2023 o setor deve crescer 43%, levando em consideração a alta procura por alimentos e bebidas saudáveis.

Ainda sobre os dados levantados pelo Sebrae, o saldo brasileiro no setor é maior na linha de exportações. Só em 2018, Estados Unidos (84,2%), Japão (10,4%) e Moçambique (1,2%) foram os principais países que exportaram chás do Brasil. No contraponto, as importações brasileiras tiveram origem em países como China (31,5%), Estados Unidos (10,3%) e Espanha (10%).

 

Maiores desafios do ramo

De acordo com relatório da ONG Forum for the Future, apesar do aumento de sua popularidade, a indústria do chá vislumbra desafios sem precedentes, tais como: transformações nas demandas e nos hábitos dos consumidores, mudanças climáticas e restrições de recursos, e ainda, a mecanização da agricultura e a busca por um futuro mais sustentável. Esses dois últimos, inclusive, evidenciando a necessidade de manter ativos agricultores familiares e pequenos negócios.

O órgão aponta que 70% da produção global de chá é vendida por meio de transações anônimas, nas quais os intermediários podem facilmente trocar os fornecedores, diminuir preços e reduzir margens para os agricultores. Corroborando a ONG, o IISD afirma ainda que é necessário estabelecer uma cadeia de suprimentos mais equitativa para melhorar a sustentabilidade do setor. Nesse sentido, empresas como a Pronutrition buscam se aliar a esses produtos e criar um ambiente mais igualitário.

 

Tendências do mercado de chá

Com esse crescimento cada vez mais acentuado, o Sebrae, em seu estudo, salienta que o setor de chá engloba diversas finalidades, entre elas: hidratação, prazer e, inclusive, funcionalidades na saúde. O órgão enumerou as maiores tendências e tipos de chás encontrados atualmente no mercado.

São eles: sachê, os famosos chás de “saquinho”. São produzidos a partir de plantas trituradas, processadas e colocadas em pequenos pacotes. A granel, nesse caso, as plantas não são trituradas e nem processadas, mantendo uma maior quantidade de propriedades. Os chás solúveis, que mantém suas propriedades naturais mesmo passando por processo para deixá-los em forma de pó. Uma das vantagens desse modelo é a adição e mistura com ativos naturais, potencializando suas vantagens. E os premium, chás que não passam por processos industriais, e, na maioria das vezes, são feitos artesanalmente. Ainda nessas circunstâncias, destacam-se também suas inovações mais consumidas.

 

Chá verde: Vem ocupando o lugar na preferência do consumidor, frente ao chá preto. É rico em antioxidantes, em propriedades que reduzem a pressão arterial e ajuda no emagrecimento.

Matcha: Consumido em forma de pó, esse chá é produzido de forma artesanal e acelera o metabolismo em até 40%.

Bubbletea: Uma forte tendência, principalmente entre jovens, esse tipo de chá é servido com bolinhas (feitas a partir de tapioca) saborizadas.

Kombucha: Feito a partir do chá fermentado, esse tipo de bebida tem entre seus grandes benefícios a melhora do sistema digestivo e o fortalecimento do sistema imunológico.

 

O futuro do chá

 

Com tantos desafios e tendências a serem explorados dentro da indústria de chá, é difícil não imaginar o futuro do setor. O relatório, divulgado pela ONG Forum for the Future, imaginou quatro cenários diferentes que podem moldar a produção de chá até o ano de 2030. São eles:

– Um mundo caracterizado por economias em expansão e pela popularidade do chá entre os jovens.

– Priorizar investimentos que privilegiem o clima e a sustentabilidade.

– Todos os produtos, inclusive o chá, devem demonstrar que estão trabalhando dentro da sustentabilidade aos consumidores finais, que exigem altos padrões.

– A busca por novos países para desenvolvimento de culturas de chá.

 

Para promover essa indústria, de forma sustentável, saudável e eficiente, nós, da Pronutrition, estamos atentos a todos esses pontos e, ainda, desenvolver produtos funcionais que fazem a diferença no mercado. Além dos chás, a produção de outras bebidas com funcionalidades também integram nosso portfólio.

Tem alguma ideia de chá, ou outra bebida funcional, e quer desenvolvê-la? Entre em contato com a gente.