Cada organismo tem sua particularidade, principalmente quando o assunto é alimentação. Imagine não poder ingerir leite ou seus derivados? Para algumas pessoas, o simples fato de comer manteiga, queijos ou tomar um copo de leite pode trazer problemas gastrointestinais, que vão desde cólicas e diarréias até dores abdominais e de cabeça. Esses sintomas geralmente são relacionados à intolerância à lactose.
De acordo com dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), o problema prevalece em cerca de 70% da população mundial. No Brasil, esse número é de aproximadamente 60%. Contudo, com números tão altos, é interessante entender alguns pontos sobre essa disfunção.
Dados da revista Ciência & Saúde Coletiva mostram que a intolerância a lactose pode ser identificada como congênita, quando não existe lactase no organismo; primária, pode ser desenvolvida em qualquer idade quando há um déficit de lactase, ou ainda, a secundária, ocasionada por doenças no intestino e que pode ser transitória e reversível.
Todavia, é sempre bom diferenciar a intolerância e a alergia à lactose. Essa última, envolve fatores imunológicos. Ou seja, o alérgico deve evitar todo e qualquer tipo de alimento lácteo.
Para quem sofre com essa condição, o momento da alimentação pode ser complicado. Isso porque muitas das refeições que consumimos no dia a dia são compostas por laticínios. Então, como se alimentar nesses casos? Informações do Hospital Albert Einstein apontam que há a possibilidade de utilizar enzimas de lactase junto com os produtos à base de leite. Segundo a revista Veja, a lactase comercializada para ajudar pessoas que sofrem com o mal não é considerada remédio, mas sim, suplemento nutricional. Elas podem ser encontradas em cápsulas e até versões em pó. Contudo, é recomendável que você converse com um médico para ter mais orientações.
Mercado “lactose free”
O número de pessoas que sofrem com esse mal, e a busca por produtos derivados do leite, impulsionam esse setor. Para ter uma ideia, dados da Kantar Worldpanel apontam que 20% das famílias brasileiras já compraram produtos zero lactose. Isso se reflete também nas informações da revista Época e da Euromonitor. A tendência mostra que até 2023 o setor terá um crescimento de 15% e cerca de 300 milhões de dólares movimentados só no Brasil.
Outro ponto mostrado por dados da revista Istoé e da Mintel indicam que muitas famílias consomem produtos sem lactose por terem parentes com intolerância e, com isso, evitam comprar dois tipos diferentes de laticínios. A Mintel constata ainda que a produção de embalagens menores de leite seria uma opção razoável para que cada pessoa escolha o tipo que preferir.
Laticínios e alimentos funcionais
A união entre alimentos funcionais e aqueles sem lactose apresentam um potencial de mercado crescente, como mostrado nos dados anteriores. Produzir alimentos com ingredientes naturais, com propriedades benéficas ao organismo e que abrace todos os públicos deve ser levado em consideração. Hoje, é possível encontrar opções de produtos substitutos e alimentos que ajudam no tratamento da intolerância, como:
Kefir: Bebida láctea fermentada que contém bactérias e leveduras. Esses microorganismos ajudam a digerir a lactose e, além disso, promovem o equilíbrio intestinal e aumentam a imunidade.
Probióticos: Probióticos são compostos por microrganismos cujos produtos são capazes de repor ou substituir a lactase. Podem ser encontrados em alimentos fermentados como o kimchi, legumes em conserva, kombucha e etc.
Leites vegetais: Podem ser produzidos a partir de aveia, arroz, amêndoas, soja, castanha entre outros e não possuem lactose. De acordo com pesquisa da Euromonitor, o setor de bebidas vegetais cresceu 35% ao ano no Brasil entre 2013 e 2018.
Fontes de cálcio: Necessário no organismo para evitar doenças como osteoporose e tendo como principal fonte o leite. Porém, a ingestão de cálcio, para quem é intolerante à lactose, deve ser feita através de alimentos como brócolis, quiabo, castanha, grão-de-bico ou ainda suplementos específicos.
A importância do rótulo
Você sabe o que vem nos produtos que você consome? As embalagens, principalmente para quem tem alergias e intolerância à lactose, precisam informar de maneira clara e precisa quais as substâncias presentes no produto. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece que todos os fabricantes de laticínios devem informar a presença da lactose em seus produtos. Na resolução, qualquer alimento que tenha mais de 0,1% deve trazer a expressão “contém lactose” no rótulo. Entende-se que essa porcentagem é segura para pessoas que sofrem com o problema.
Esse cenário, e o crescente apelo do mercado para produtos que atendam as necessidades de pessoas intolerantes à lactose, faz com que diversos produtos cheguem a todo momento aos consumidores. A Pronutrition é especialista nesse segmento e tem em seu portfólio muitos produtos naturais e prontos para o consumo. Aliando tecnologia e inovação, oferece ainda a possibilidade de idealizar produtos para parceiros, desde o conceito e produção até a embalagem, rotulagem e regulamentações junto aos órgãos responsáveis.
Tem uma ideia de produto sem lactose e quer saber como colocá-lo no mercado? Entre em contato com a gente para uma conversa.